quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Apelo de um socioeducador ao governo do Ceará

Sou educador social de uma unidade de medida socioeducativa do  estado do Ceará,  sou funcionário da  ONG MCJ ( MOVIMENTO DE CONSCIÊNCIA JOVEM) , ONG essa que é ligada a STDS, no mês de julho deste ano houve uma  recisão de contrato para  funcionários e depois recontratação.

Pois segundo a ONG  MCJ todos os anos tal procedimento iria acontecer, só que já faz mais de 18 dias e ainda não recebemos o salário do mês de julho. Sendo que o governo do estado paga rigorosamente os salários dos servidores públicos no 1 dia últil de cada mês.

E ainda não fomos recontratados ou seja estamos trabalhando sem segurança alguma, já que nossas carteiras não foram assinadas, estamos trabalhando de maneira ilegal. 

Sei que estamos trabalhando sem carteira assinada porque consultei o site da caixa economica e ainda não foi depositado nada de FGTS. Os diretores da ONG  MCJ dizem para guardarmos um reserva, como vamos guardar se o que pegamos de recisão só deu pra quitar as dívidas, com um sálário que ganhamos. 


É uma vergonha um educador que tira um plantão de12 horas arrisacando a vida, ganhar apenas R$732,00 .


A ONG alega que o governo ainda não repassou o dinheiro para o pagamento dos funcionários. Gostaria de saber o porque do socioeducador ser tão humilhado, não temos valor de nada, trabalhamos em um ambiente hostil, pois os adolescentes não nos respeitam, temos que levar muitas vezes em panos quentes para que não haja um motim ou algo parecido.

Nossa função é zelar pela integridade  física e moral do interno,cuidar de sua segurança, alimentação e higiene pessoal conduzi-lo e custodiá-lo para suas audiências, a hospitais ou outras instituições, contribuir para seu retorno a sociedade, ajudá-lo nas etapas de sua reeducação, proteger e cuidar do patrimônio da Fundação. 

O estresse é vísivel na face dos funcionários, muitos abatidos e desanimados. No meio dessas atribuições o agente ainda tem que ter: habilidade para controlar rebeliões, e ainda contamos com um efetivo pequeno, pois tomo conta de 10 adolescentes em regime de semiliberdade, ou seja os adolescentes ficam  andando livremente pela casa a qual eles estão condicionados a permanecer. 

E a direção ainda acha ruim quando acontece as coisas, pois temos que dar conta do recado. Como um dois educadores podem aconpanhar 10 adolescentes em semiliberdade aonde quer que eles estejam? isso é humanamente impossivel. Mas temos que nos transformar em 5 para poder atender a demanda.
 
Imaginem um educador separar uma briga generalizada entre dez adolescentes,  não temos segurança em nossos empregos, pois somos temporários, não recebemos vale transporte, ticket alimentação e muito menos insalubridade, a resposta que nós recebemos é que não temos esses direitos porque somos contratados, mas passamos pelos mesmos perigos que os efetivados. Nem ao menos podemos ser atendidos pelo ISSEC. 

Sobrevivemos com tão pouco, um salário tão pequeno e defasado que não chega a dois salários mínimos. Na recisão recebemos os direitos, só que com o que ganhamos só deu pra pagar o que deviamos e graças a Deus por isso. Já está começando a faltar o alimento em nossos lares , digo isso por está passando por isso e pelos companheiros que me relatam.
  
Por favor nos ajudem!
 
 

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